E se as Olimpíadas fossem hoje? Há 1 ano dos jogos, conheça os surfistas representantes de cada país
Faltando exatamente 1 ano para começar os Jogos Olímpicos de Tokyo, quem seriam os atletas que conquistariam as vagas caso começassem hoje? Campeões mundiais como Gabriel Medina, John John Florence, Adriano de Souza e Tyler Wright estariam FORA dos jogos. Saiba quem seriam os representantes de cada país e qual é a expectativa de medalha para cada um deles nessa análise do surf nas Olimpíadas pelo CSS

O surf é um dos cinco esportes que estreiam na Olimpíada de Tóquio 2020 com a missão de ajudar a rejuvenescer o programa olímpico. Serão apenas dois dias de disputa e a organização tem todo o período das Olimpíadas para realizar as baterias – janela mais generosa do que as adotadas no Circuito Mundial da WSL.
A competição olímpica contará com 20 homens e 20 mulheres, sendo que cada país pode inscrever no máximo dois competidores por gênero. O sistema de classificação definido pela Associação Internacional de Surfe (ISA, na sigla em inglês) e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), seguirá a ordem hierárquica abaixo:

Sabendo que falta exatamente 1 ano para o inicio dos Jogos Olímpicos a partir desta quarta-feira, e que a classificação pelo ranking da WSL é a única aparente no momento, quem seriam os representantes de cada país? E qual é a expectativa de medalha para cada um deles? O Canal Surf Storm falou um pouco dessa brincadeira aqui embaixo e classificou os países em "Favoritos, Na Briga pelo pódio, Pode Surpreender e Figurante, confira:

África do Sul
Na briga pelo pódio
A África do Sul não vence um mundial de surf desde 1977 e atualmente conta principalmente com o talento de Jordy Smith, atual 6º colocado do ranking mundial, para representá-la em Tokyo na categoria masculina e até brigar por uma medalha. No feminino, não há ninguém no ranking do CT que possa se classificar. A delegação ainda tem boas chances de engatar outro surfista em uma das demais vagas, principalmente pelo ISA World Surfing Games, que disponibiliza uma vaga por gênero para cada continente, e a África do Sul é o com certeza o mais forte africano na modalidade, então, franco favorito.
Jordy Smith (6º)

Austrália
Favorito no Feminino
Pode Surpreender no Masculino
A Austrália é um dos países mais tradicionais do surf mundial. O surf é, literalmente, um esporte nacional, mas a delegação chega à Tokyo talvez no seu pior momento da história na categoria masculina. Apesar de estar garantindo 2 vagas pelo ranking do CT com Ryan Callinan (9º colocado) e Julian Wilson (10º colocado), eles estão longe de serem favoritos. Claro, no surf, tudo pode acontecer, e eles podem surpreender e até conquistar um pódio, mas se pudesse apostar, não contaria com isso.
Ryan Callinan (9º) & Julian Wilson (10º)
Já na categoria feminina, a história muda bastante. Com duas atletas brigando forte pelo título mundial do CT 2019, Sally Fitzgibbons (2ª) e a multicampeã Stephanie Gilmore (3ª) são francas favoritas para o pódio e brigam firme pelo ouro olímpico. Surpresa seria se a Austrália saísse sem uma medalha no surf feminino em Tokyo. Isso porque outra campeã mundial, Tyler Wright, está 99% fora dos jogos devido à uma lesão que a afastou das competições. Vai ser difícil barrar as australianas do pódio.
Sally Fitzgibbons (2ª) & Stephanie Gilmore (3ª)

Brasil
Favorito no Masculino
Na Briga pelo Pódio no Feminino
O Brasil é uma verdadeira potencia da nova era do surf mundial! Atualmente o Brasil conta com 3 surfistas que estão em outro nível e que seriam grandes favoritos na disputa pelo Ouro Olímpico. Filipe Toledo (2º), Ítalo Ferreira (4º) e Gabriel Medina (7º) teriam totais condições de conquistar a medalha dourada nos jogos (e não fique surpresa se houver uma dobradinha). Porém, cada país só tem 2 vagas e no momento, pasmem, o atual bicampeão mundial de surf, Gabriel Medina estaria FORA das Olimpíadas. Isso porque há outros dois brasileiros à sua frente no ranking no momento. Mas calma, se você é grande fã do Medina e quer vê-lo nas Olimpíadas, as chances são altas, já que o paulista é famoso por se dar melhor nas etapas do 2º semestre do ano no Mundial de Surf, como já vem fazendo.
Filipe Toledo (2º) & Ítalo Ferreira (4º)
Já na categoria feminina, o Brasil evoluiu bastante nos últimos anos e conta com atletas brigando atualmente no TOP 10 do mundial, o que nunca havia acontecido antes. Apesar disso, não é franca favorita ao ouro e fica na briga pelo pódio, na tentativa de conquistar uma medalha. Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima ocupam, respectivamente as 8ª e 13ª colocação no ranking mundial. Mas é aquilo, o surf não é uma regra exata, e tudo pode acontecer. Vamos torcer pelas nossas meninas na briga! Ah, vale ressaltar que Silvana está com a 8ª (e última) vaga concedida pelo ranking do CT no momento, o que faz com que tenha que manter bons resultados, já que apenas 8 meninas se classificam pelo CT. Outra brasileira que pode conquistar a vaga, caso isso ocorra, é Tainá Hinckel, uma jovem promessa do surf brasileiro.
Tatiana Weston-Webb (8º) & Silvana Lima (13º)

Costa Rica
Pode Surpreender no Feminino
A Costa Rica é longe de ser o país mais tradicional do surf performance no Circuito Mundial. Nunca teve um campeão do CT e no máximo venceu etapas do QS no masculino com atletas como Carlos Muñoz. Porém, pode ainda conquistar uma vaga através dos Jogos Panamericanos de Lima, que estão ocorrendo nesse mês de Julho. Isso no masculino, porque no feminino, a Costa Rica tem uma representante que pode sim brigar por uma medalha no pódio. Brisa Hennessy é a atual 9ª colocada do ranking e acumula um 3º lugar em Bali e duas 5ª's colocações. Portanto, não fique surpreso se acabar beliscando uma medalha no jogos do Japão.
Brisa Hennessy (9ª)
