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Por que o surf feminino 'só' interessa às mulheres?

Desde que eu comecei a acompanhar o surf, inicialmente de tabela por causa do meu irmão e depois por interesse próprio, percebi que o surf masculino é um interesse geral. Praticantes ou não, cada vez mais pessoas estavam assistindo as baterias de Medina, Filipinho e Mineirinho. O aumento no interesse no surf masculino aconteceu principalmente por influência do “Brazilian Storm”. O que é ótimo, claro. O surf crescer é algo positivo para qualquer fã do esporte.

Mas não demorou para eu me incomodar com o fato de que o surf feminino não alcançava o mesmo público. Que a Tati e a Silvana não eram assistidas da mesma maneira que os homens. Que, normalmente, quem demonstrava interesse pelo surf das mulheres eram... mulheres. E daí veio a questão que eu estou levantando no título desse post: por que o surf feminino só é interesse das mulheres?


A Tati (desde 2018) e a Silvana defendem no CT (Championship Tour) a mesma bandeira que os homens. As duas estarão esse ano nas Olimpíadas com o mesmo objetivo de Medina e Ítalo. Então, por que elas não recebem o mesmo apoio que eles nas suas baterias?


Eu já cansei de ter essa conversa, tanto com amigos homens quanto com amigas mulheres. Praticantes ou não do esporte. A resposta é quase sempre a mesma: os homens surfam melhor. Mas, será que é isso? Muitas vezes, percebo homens com menos vitórias, ou até atletas que estão participando só do QS (Qualifying Series) recebendo mais apoio do que a Silvana, que já está há mais de 10 anos no CT defendendo a bandeira brasileira.