Surfistas brasileiros passam "perrengue" com a pandemia e quase perdem a estreia no Pipe Masters
Yago Dora e Peterson Cristanto foram alguns dos surfistas brasileiros que passaram por "uma grande saga" para chegar ao Hawaii a tempo de competir a etapa de Pipeline. Yago Dora, por exemplo, chegou apenas horas antes da competição começar.

O Circuito Mundial de Surf está de volta. Depois de um ano sem o tour, os maiores surfistas do mundo se mobilizaram para a primeira etapa do ano, em Pipeline, no Hawaii, em meio à pandemia da covid-19. A WSL está buscando todas as precauções devido ao covid-19, procurando botar as baterias na água com segurança, maaaas, tem coisas que nem a Liga Mundial de Surf consegue controlar (ou quase), não é mesmo?
O governo dos Estados Unidos segue rigoroso quanto à entrada de estrangeiros no país durante a pandemia, onde para ingressar, deve-se ter um motivo comprovado (trabalho, familia, etc) e passar por testes de covid-19 antes do vôo e ao desembarcar nos país. E foi ai que os brasileiros Yago Dora e Peterson Crisanto quase perderam a sua participação em Pipeline.
Ontem (9), Yago Dora postou nas redes sociais o verdadeiro perrengue que passou, o qual quase o deixou de fora da etapa:

- No dia 26 de novembro iniciei minha viagem de Florianópolis em direção ao Hawaii. Um dia antes, 25 de novembro, fiz um teste PCR de Covid para ter certeza que não estava contaminado antes de embarcar, o resultado voltou NEGATIVO. Parecia estar tudo certo para a viagem, porém no dia 27 de manhã quando cheguei no aeroporto de Dallas, onde somos solicitados a fazer outro teste para poder embarcar para o Hawaii, o teste infelizmente voltou POSITIVO, e desde então fiquei isolado em um quarto de hotel em Dallas por ONZE DIAS e tentando milhares de maneiras de conseguir chegar a tempo do Pipe Masters, que é o evento mais especial de todo o circuito pra mim e o primeiro evento da temporada 2021. - contou Yago Dora nas suas redes sociais (em post posteriormente apagado).
Yago disse ainda que não teve nenhum sintoma da doença e realizou o teste diversas vezes ao longo dos 11 dias em quarentena em Dallas, mas nenhum deu negativo. Até que em esforços junto À sua equipe, médicos, WSL e WPS ele consegue a liberação do embarque para o Havai 1 dia antes do evento, chegando horas antes da competição em Pipeline.
Outro brasileiro que também passou perrengue devido à pandemia, foi o paranaense Peterson Crisanto. Peterson usou as redes sociais para contar a sua "saga". Diferentemente de Yago, o atleta paranaense não foi infectado com a covid-19, mas a pandemia o impactou de outra forma: A embaixada americana fechou em março no Brasil, e desde então, o processo de renovação do visto americano do surfista ficou "parado" até a reabertura em novembro, menos de 1 mês antes da etapa:
"Em Julho informamos a WSL desta situação pela primeira vez, pois acreditávamos que a organização poderia me auxiliar. Não imaginava que ficaria em situação crítica, afinal meus empresários e a liga que administra o circuito mundial já estavam trabalhando em cima disso (...) Quinze dias antes da retomada do tour, recebemos um e-mail dizendo que possivelmente não conseguiríamos o visto a tempo." - contou Peterson em relato no instagram.
Milagrosamente, Peterson conseguiu uma entrevista de renovação de visto, 3 dias antes do inicio da etapa, e conseguiu embarcar a tempo para o Hawaii.